Quarta-feira, 18 de julho de 2012, 15h13
Pesquisador afirma que aborto aumenta a mortalidade materna
A
legalização do aborto aumenta a mortalidade materna, segundo afirma o
diretor de pesquisas do Departamento de Saúde da Universidade do Chile,
Elard Koch. O cientista disse em Puebla, no México, que são muitos os
países da América espanhola que estão sendo pressionados para que
legalizem o aborto, com consequências nefastas para as taxas de
mortalidade materna.
O
diretor citou o exemplo do Estado do México, onde a mortalidade materna
aumentou em 15%. Por outro lado, Koch destacou que, no Chile, após a
proibição do aborto, somada a um aumento na educação da mulher e a
habilitação de políticas públicas, a taxa de mortalidade materna
diminuiu de 41,3 para 12,7 mortes para cada 100 mil nascimentos.
Insistindo
nessa linha, o pesquisador expressou que leis a favor do direito à vida
fazem com que muitas mulheres que têm o aborto como opção desistam
desta prática e concluam sua gravidez.
O
diretor de pesquisas do Departamento de Saúde da Universidade do Chile
insistiu que os fatores determinantes para reduzir a mortalidade materna
são a educação e a definição de políticas públicas. (/BD)
20/06/2012
Educação, não legalização do aborto, reduz a mortalidade materna
Redação do Diário da Saúde
Uma
análise científica de dados dos últimos 50 anos sobre a mortalidade
materna do Chile concluiu que o fator mais importante na redução da
mortalidade materna é o nível educacional das mulheres.
A
equipe do Dr. Elard Koch, da Universidade Católica de Concepción,
analisou o efeito sobre a mortalidade materna exercido pelo histórico
educacional (escolaridade) e pelas políticas de saúde da mulher,
incluindo a legislação que proibiu o aborto no Chile em 1989.
Os
pesquisadores analisaram os fatores com probabilidade de afetar a
mortalidade materna, tais como anos de escolaridade, renda per capita,
taxa de fecundidade total, ordem de nascimento, abastecimento de água
potável, esgoto sanitário e parto por pessoal qualificado.
"Educar
as mulheres aumenta a capacidade que elas têm para acessar os recursos
de saúde existentes, incluindo atendentes qualificados para o parto, e
leva diretamente a uma redução no seu risco de morrer durante a gravidez
e o parto", diz Koch.
Aborto e morte das mães
Uma
das descobertas mais significativas é que, ao contrário de suposições
amplamente sustentadas, tornar o aborto ilegal no Chile não resultou em
um aumento da mortalidade materna.
Os
defensores da legalização do aborto argumentam que a ilegalidade leva
as mulheres para clínicas ilegais, o que aumentaria sua mortalidade.
Na
verdade, após o aborto tornar-se ilegal, em 1989, a Taxa de Mortalidade
Materna (TMM) continuou a diminuir de 41,3 para 12,7 por 100.000
nascidos vivos - uma redução de 69,2%.
TMM é o número de mortes maternas relacionadas à gravidez, dividido pelo número de nascidos vivos.
"Definitivamente, o status legal do aborto não tem relação com as taxas globais de mortalidade materna," destacou o Dr. Koch.
Modelo de saúde materna
Durante
o período do estudo - 50 anos - a Taxa de Mortalidade Materna geral
declinou dramaticamente, passando de 270,7 para 18,2 óbitos por 100.000
nascidos vivos entre 1957 e 2007 (93,8%), tornando Chile um modelo para a
saúde materna em outros países.
As
variáveis que afetam essa diminuição incluem os fatores previsíveis,
como o acompanhamento do parto por atendentes qualificados, nutrição
complementar para as mulheres grávidas e seus filhos nas clínicas de
cuidados primários e escolas, instalações limpas e fertilidade.
Mas o fator mais importante, e aquele que aumentou o efeito de todos os outros, foi o nível educacional das mulheres.
Para cada ano adicional de escolaridade materna, houve uma diminuição correspondente na TMM de 29,3 por 100.000 nascidos vivos.